Pentecostes: vocábulo de origem grega que significa quinquagésimo.
Os cristãos fazem uma ligação entre Pentecostes e a vinda do Espírito Santo, conforme é contado no Ato dos Apóstolos 2.
Jesus já havia subido aos céus e os apóstolos todos estavam reunidos no mesmo lugar quando, do céu veio um barulho como o sopro de fogo de um forte vendaval, além disso apareceram línguas de fogo que se espalharam sobre os apóstolos e eles ficaram cheios do Espírito Santo. Esse Espírito que lhes infundiu coragem para saírem as ruas pregando a Palavra de Deus, e cada ouvinte escutava o que eles diziam na sua própria língua.
Cinquenta dias após a páscoa, todos os anos, a Igreja faz referência a esse evento: Pentecostes.
Historicamente podemos dizer que Pentecostes é uma tradição hebraica e tinha o nome "Shavouth" que quer dizer semanas. Essa festa hebraica durava sete semanas e ia do dia seguinte da Páscoa até quinquagésimo dia. A base da festa hebraica era uma tradição agrícola que coincidia com a colheita tanto do trigo como de outros vegetais e frutas. Os agricultores faziam a festa em agradecimento a Deus e por isso Lhe ofertavam as primícias. Em Lv 23, 15-22 há detalhes dessa festa que é celebrada até hoje pelos judeus.
Passado o tempo, principalmente depois da destruição do templo, os judeus passaram a comemorar, durante esse período de festas o dom da lei, a Torah.
Não se pode dizer que há relação direta entre a Shauvoth - festa hebraica - e a Pentecostes cristã que é celebrada cinquenta dias após a páscoa, mas podemos dizer que os símbolos usados por nós cristãos para lembrar a festa de Pentecostes e os dons do Espírito Santo recebidos pelos apóstolos: línguas de fogo e forte vento, recordam a presença de Deus sobre o Monte Sinai onde a Lei foi doada por Deus ao povo hebreu.
Obs.Texto retirado na íntegra o jornal da paróquia
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